Bella desistiu.
Edward não lutou o suficiente para que ela ficasse.
Ela foi embora de Forks a 4 anos para cursar Literatura Inglesa na Language Center at Hawai'i Pacific University.
E agora algo grave está para acontecer.
Os Cullen precisam encontra-la antes que seja tarde demais.
Será que até mesmo o amor eterno sobrevive a tanta mágoa?
Linguagem adulta, violência, drama, sedução e talvês algumas lemons.

sábado, 9 de janeiro de 2010


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domingo, 3 de janeiro de 2010

Cap 1 - O inicio do fim

Clique Ctrl + o botão esquerdo no mause sobre o link abaixo e ouça a música
Música tema do capítulo: Head Over Feet - Alanis Morissette

***
Head Over Feet / Da Cabeça Aos Pés
You treat me like I'm a princess / Você me trata como se eu fosse uma princesa,
I'm not used to liking that / E não estou acostumada com isso
You ask how my day was / Você pergunta como foi meu dia
You've already won me over in spite of me / Você já me conquistou, apesar da minha vontade
Don't be alarmed if I fall head over feet / Não se assuste se eu me apaixonar da cabeça aos pés
Don't be surprised if I love you for all that you are / E não fique surpreso se eu te amar por tudo que você é
I couldn't help it / Eu não pude evitar,
It's all your faults / É tudo culpa sua.
Alanis Morissette
***

Bella Pov

Eu estava em meu quarto olhando as fotos que Alice tinha tirado de nós, meus olhos estavam secos... Já tinha chorado todas as minhas lágrimas.
“Como ele pode ser tão irredutível... como pode dizer me amar e não querer compartilhar isso comigo?”
Isso já foi longe demais, eu tenho que tomar uma decisão. A mais importante das decisões.
***
Três dias antes

Alice estava comigo em meu quarto, me arrumando, polindo cada parte do meu corpo. Eu estava decidida e não sabia se iria agüentar tanta expectativa. Hoje eu entregaria meu corpo a Edward, ele já tinha meu coração mesmo...

Alice tinha preparado tudo, eu iria passar a noite na casa dos Cullens. Carlisle e Esme iriam caçar em uma reserva noutra cidade e só voltariam amanhã, Emmett e Rose destruiriam algum lugar que eu não entendi muito bem, mas segundo Alice não deveria me preocupar com isso, só saber que ela e Emm fariam o mesmo que eu e Edward, porém eles eram um pouco mais afoitos. Ri daquilo depois de entender.
Ela e Jazz ficariam para dar cobertura, mas me garantiu que não ouviria nem espiaria.

No dia anterior ela havia me levado a Port Angeles...

“Bella maninha” ela disse pulando e batendo palmas

“Uma ocasião dessas merece serviço completo, roupas novas, unhas perfeitas, depilação”...

Nem deu atenção as minhas suplicas.

“Alice, por favor... seremos apenas eu e Edward, nem sei se ele concordará com isso, você sabe como seu irmão é moralista”.

Ela bufou...

“Ele é paranóico isso sim, se preocupa demais com seu bem estar em minha opinião. Diz que jamais colocará os desejos dele ante a possibilidade de te machucar.”

“Pfuhhh! besteira pura já que ele acha que você é feita de cristal e se ele encostar demais vai quebrar. Está passando da hora disso acontecer, ele já está ranzinza e Jazz diz que é por falta de sexo, se bem que ele tinha que transformar você primeiro não é... ai não corria o risco...”

Tudo isso foi dito em um fôlego só, sem pontos nem vírgulas e com velocidade acelerada.

“ALICE CULLEN” eu gritei.

“Calma, respira, você disparou na falação de novo, não entendi nada” comecei a rir.

Ela havia ficado louca assim que pedi a opinião dela sobre meus planos.

Objetivo: Seduzir um vampiro de 109 anos irredutível e cheio de pudores e levá-lo para cama. Afinal eu já beirava os 19 anos e apesar de estar pronta, ainda era virgem.

Ela fazia planos e falava sem parar, agitadíssima quicando pelo meu quarto parecendo uma fadinha louca. Tive que gritar para me fazer ouvir.

Expliquei minhas razões e ela concordou comigo, estava na hora:

Eu o amava, jamais iria querer outro homem que não fosse ele, ele era mais lindo e mais desejável que qualquer outro e meu corpo pulsava dolorosamente cada vez que ele me olhava, ou sorria ou respirava, ou caminhava... Enfim, era ele e seria sempre ele.

Mesmo quando ele me deixou e eu passei a conviver Jacob, ‘meu ex melhor amigo lobo que me abandonou depois que o namorado vampiro voltou’. Eu sabia que jamais haveria outro em minha vida.

Foram oito meses de pura tortura sem Edward onde eu vivi simplesmente em transe e minha única rocha era Jake e a alcatéia. Eles me protegeram de Laurent ‘vampiro do mal’ que queria me matar e me salvaram em minha mais completa escuridão.

Agora o que restou após a volta dos Cullens foi apenas respeito pelo tratado e a mágoa de Jake por ter aceitado Edward de volta tão rápido.

Quando pulei do penhasco para intensificar minhas alucinações de Edward eu indiretamente trouxe a familia de vampiros de volta já que Alice pensou que eu tentara contra minha própria vida e tivemos que buscar Edward na Itália. Ele pensando que eu havia morrido quis se matar. Lá conheci os nobres Voltures e por mais que os Cullens tentem me convencer que este Clã não é inteiramente mal eu os considero assim... Um bando de loucos, psicopatas que fingem gentileza a fim de tirar proveito de nossas fraquezas ou habilidades.

Estávamos no estacionamento do pequeno shopping de Port Angeles. Alice desceu do carro e esperou.

“Anda Bella, que moleza, já são 10:00 e seu horário no salão de beleza é as 13:00, temos que comprar umas roupas legais, lingerie novas já que tenho certeza que as suas são aquelas de algodão com bichinhos desenhados que não dão tesão em ninguém a não ser em pedófilos, se bem se olharmos por esse ângulo você é uma criança já que Edward é 92 anos mais velho e blá... blá... blá, e ainda tenho que te alimentar já que você come comida.. eca...”

Entramos em uma loja cara que tinha roupas lindas e a vendedora quando viu Alice abriu um sorriso de orelha a orelha, Alice é sempre Alice, até as vendedoras já a conheciam ou ao seu cartão de crédito internacional e sem limites.

Ela começou uma busca frenética pela loja me atirando peças e mais peças. Após uma hora e meia saímos com várias sacolas contra minha vontade.
Demos alguns passos e entramos em uma loja de lingerie de marcas famosas, eu estava corada só de olhar, ela começou a separar alguns conjuntos La Perla e Victoria Secret’s.

“Alice, isso é pra você não é? Eu não tenho coragem nem de olhar quem dirá vestir”.

“Bella a bobinha” ela disse dando risada enquanto eu corava num vermelho vibrante.

“Deixa de ser tão pura, como vai seduzir um vampiro assim?” Ela disse baixando o tom para que a vendedora não nos ouvisse.

Ela tinha razão, como eu iria seduzir Edward se até para me beijar ele era cauteloso...

Bella, por favor, seja razoável, sabe por que não podemos ultrapassar os limites, não podemos fazer amor... Eu posso te machucar” ele dizia.

Eu já estava ficando louca. Edward havia voltado a mais de 3 meses da Itália após uma longa ausência e fisicamente ainda estávamos na base dos beijos castos e puros. Raramente ele se descontrolava.
Ele fazia de tudo para provar que me amava e que só partiu para me proteger dele, do perigo que sua espécie representava. Seu exemplo era sempre Victoria, ‘outra vampira louca que também queria me matar’.

“Ela queria vingança o que é comum em nossa espécie de monstros descontrolados. Já que eu havia matado seu companheiro, ela tinha direito de matar a minha companheira." Ele dizia tentando me fazer ver o perigo que representava.

“Na tentativa de me despistar ela foi pra Dallas no Texas mais ao sul do país, tentava encontrar Maria, ex- companheira de Jasper, porém eu a interceptei e a matei antes que ela conseguisse chegar a Rockwall onde Maria estava. Eu jamais te deixaria desprotegida minha Bella. Eu te amo demais.”

Apesar do esforço em me fazer acreditar em seu amor eu ainda me sentia insegura e às vezes um pouco rejeitada, eu não era interessante e nem bonita e nem forte o suficiente para acompanhá-lo. Como eu queria já ser uma vampira poderosa, rápida e principalmente linda... Digna de alguém como Edward.
Sempre que o assunto de minha transformação vinha à baila ele amarrava a cara. Será que ele não me queria por perto para sempre? Era tão insuportável assim pensar em mim como sendo sua igual e não um bibelô de vidro que ele teimava em proteger?

Era um impasse, ele só faria amor comigo quando eu fosse uma vampira, mas não queria que eu me transformasse em uma. Analisando assim vi que havia algo errado na equação. Isso quer dizer então que se dependesse dele eu seria humana até minha morte e ainda por cima virgem? Isso é ilógico, Ele estava delirando se achava que ficaria assim. Eu estava decidida e não arredaria pé, ou ele me transformava ou fazia amor comigo. De preferência as duas coisas.

Se bem que minha transformação já estava decidida, Carlisle me disse que a faria assim que me formasse no ensino médio e isso foi há um mês, eu só estava relutante por causa de Charlie, meu pai, que ficaria sozinho e no fundo eu não queria que fosse Carlisle a me mudar, queria Edward em meu sistema, envenenando e intoxicando cada poro meu, me marcando com sua. Mas como ele mesmo disse,

“Sem chance Baby. Se você quer se tornar um monstro, vai fazer sem mim e sem meu aval” Esta foi sua palavra final.

Eu estava no provador com aquele conjunto de calcinha e sutiã cinza que Alice me dera para experimentar, um meia taça rendado e uma calcinha que parecia um shortinho, apesar disso ele era realmente revelador, todo em renda e cheio de lacinhos e fitinhas, não era tão absurdo quanto as outras peças que já havia provado e nem era fio dental. Ufa! Esse iria servir.

“Tem certeza que não prefere este vermelho ou aquele azul Bella?” Alice disse tentando me convencer

“Este é meio ‘mocinha’ não acha?”

“Alice? O que você pensa que eu sou?” Respondi fazendo bico.

“Este está muito bom e vai servir ao meu propósito, afinal eu nem pretendo ficar com ele muito tempo.” Dei uma risadinha nervosa e ela riu comigo.

Ela me levou pra comer e fomos correndo para o salão, pois já estava atrasada.

Como Alice mesma disse, foi serviço completo, umas pintadas dos pés e das mãos em um rosinha bem clarinho, quase branco, o que fez minha cunhadinha borbulhar já que ela queria vermelho sangue e eu bati o pé, não era meu gênero. A depilação foi dolorosa, mas necessária, pernas, virilha e axilas. O cabelo ela faria no dia seguinte. O dia D.

Chegamos em casa umas sete da noite e ela me deixou pra descansar. Edward havia saído à tarde pra caçar com os irmãos e só voltaria no dia seguinte. A Pequena me garantiu que manteria meu namorado longe e que chegaria após o almoço para me arrumar e me levar pra casa dela.

Fiquei ansiosa e quase não consegui dormir com a expectativa, meu estomago se retraia e eu fiquei sem ar imaginando as mãos frias de Edward em meu corpo, deslizando, me apertando, seu cheiro ficando grudado em minha pele, se corpo lindo sobre o meu me imprensando na cama e me fazendo delirar de prazer. A espera estava me matando.

Levantei-me assim que o sol saiu, pois não agüentava mais ficar na cama, tomei um banho e desci para tomar café o que foi inútil, meu estomago já estava cheio de borboletas. Charlie ficou me observando enquanto eu derrubava a xícara e sujava o forro da mesa com café, deixava a pop tarts cair no chão com o lado da geléia pra baixo e ainda queimar os ovos. Por fim ele perguntou:

“Bell’s qual o seu problema?”

“Nada pai, só ansiosa com a faculdade”.

“Já decidiu quando você vai pro Alaska?”

Para Charlie eu iria pra faculdade do Alaska cursar literatura juntamente com Alice que iria cursar moda, já Edward iria para Dartmouth fazer medicina o que o deixou muito satisfeito, meu namorado um país inteiro longe de mim.

“Não, eles ainda não ligaram de lá marcando uma data para eu me apresentar” disse displicente já que era tudo fachada, eu iria para o Alaska sim, porém com os Cullen para Denali, onde seria transformada e depois de alguns anos nos veríamos o iríamos fazer. Com a recusa de Edward em me mudar eu estava protelando.

Alice chegou pontualmente as 14:00. Lavou meu cabelo rapidamente começando a secá-lo quando ela parou me pegando de surpresa.

“Bella maninha, quer falar sobre isso? Sei que será difícil pra você, sem experiência e com o cabeça dura do meu irmão será difícil”.

“Obrigada Alice, quero conversar sim, não sei nem por onde começar.”

Ela foi muito gentil e paciente, me deu dicas e me acalmou. Eu falei dos meus medos, de como me achava sem graça e desajeitada e de como tinha medo de ser rejeitada por Edward novamente como quando ele se foi em setembro passado.

“Bella, Bellinha! Quando você vai entender que meu irmão te ama, não importa a aparência ou o que você faz e sim quem você é. E quanto à inexperiência, siga seus instintos de mulher, siga seu coração. Vai dar certo você verá.”

Conversamos a tarde toda enquanto ela alisava, cacheava as pontas e prendia o meu cabelo um pouco deixando cachos soltos ao redor do meu rosto e colo mas meu pescoço a mostra.

“Humm! Ele vai enlouquecer com o seu cheiro” disse ela rindo.

“Alice eu não quero ser a comida do seu irmão, eu quero ser a mulher dele... Mas se bem que ser ‘comida’ seria bom.” Rimos as duas do trocadilho tosco.

Saímos às dezenove horas para a casa dela, antes dei uma boa olhada no espelho. Realmente estava bom.

O vestido era bem marcado no corpo e solto abaixo dos quadris, com um decote reto, mas que revelava meu colo. Era branco com flores azuis e uma sapatilha combinando com o casaco. A maquiagem era leve e como eu já estava corada fiquei ótima e discreta como eu gostava. Alice ficou orgulhosa de sua obra.

Ela me explicou no caminho que disse ao Edward que queria que jantássemos os quatro, eu, ele, Jazz e ela, para fazer uma interação depois do desastre do meu aniversário passado quando Jasper quase me matou. Eu argumentei que eles nem comiam, porém ela me disse que Edward não questionou já que achava ela era doida mesmo. Ela nem pensou mais na frente dele pra não estragar a surpresa, até pro Jasper ela só contaria o plano quando ele já estivesse em vigor.

As emoções e expectativas estavam me matando. Mas decisão já estava tomada.